Semana 12: Drama e Dados

O Pulso do Acesso

A Série B não é só futebol — é sobre sobrevivência, estratégia e estatísticas. Com 20 times disputando vaga na elite, cada partida pesa. A 12ª rodada entregou exatamente isso: placares apertados, batalhas táticas e suspense suficiente para debates durarem dias.

Os pontos altos foram muitos — alguns decididos em último minuto; outros ainda ecoam na mente de treinadores e torcedores.

Loucura no Dia da Partida: Um Olhar Estatístico

Os números não mentem. Dos 30 jogos concluídos:

• 14 terminaram com vitórias claras ou goleadas (2-0 ou mais).
• 7 tiveram gols dos dois lados — mostrando volatilidade ofensiva.
• Apenas três foram decididos nos acréscimos… mas nenhum precisou prorrogação.

O que chamou atenção foi como os resultados aconteceram. Por exemplo:

• Goiás vs. Remo: Empate em 1–1, apesar do Goiás dominar (63% de posse), indicando defesa sólida sobre ataque criativo.
• Vila Nova vs. Curitiba: Vitória por 2–0 do Vila Nova em casa — não surpresa, considerando seu excelente retrospecto no Estádio Onze de Junho (5V–1E–0D nesta temporada).

Esses resultados não são aleatórios — são padrões emergindo da análise de desempenho.

Os Underdogs Ressurgem: Mudança no Poder

Falando em Criciúma — time antes visto como mediano agora perto do topo graças a um desempenho impressionante. A vitória sobre o Avaí (2–1) foi mais que pontuação; foi guerra psicológica no papel.

Eles têm média de xG (gols esperados) de 1,8 por jogo neste mês — um número superior até mesmo a times como Novorizontino ou Botafogo SP.

Já o Avaí, ex-favorito com duas vitórias iniciais, agora está abaixo de .500 e pode estar tendo problemas com transição defensiva — métrica que acompanhamos por meio da conclusão precisa de passes sob pressão.

Vi equipes cair quando o meio falha em proteger o fundo — algo que o Avaí tem demonstrado repetidamente desde 17 de junho.

Análise Tática: Quem Vence Quando?

A verdadeira história por trás dos resultados está menos no quem marcou e sim como marcou. Por exemplo:

• Amazonas FC vs. Paysandu: Ambos jogaram compactos, mas a habilidade do Amazonas em explorar as laterais com sobrecarga dos alas resultou no único gol — prova de que controle espacial supera volume simples.
• Ferroviária vs. Coritiba: Apesar da classificação inferior nas estatísticas gerais, a Ferroviária conquistou uma rara vitória graças à eficiência em bolas paradas — sua taxa de conversão em escanteios subiu de .8% na temporada passada para quase 4% nesta campanha!

É assim que a análise baseada em dados funciona: não é intuição, mas insight sobre padrões comportamentais que os olhos humanos não captam sozinhos.

E sim — admito: é um pouco satisfatório quando meu modelo preditivo identificou o Criciúma como outsider antes deste mês.