O Ritmo do Acesso: A Semana 12 da Série B foi Fogo

Você já assistiu a um jogo onde o relógio marca 90+3 minutos e de repente se levanta? Foi exatamente isso que a Série B brasileira entregou na semana 12 — não apenas futebol, mas teatro com um toque de dados.

Como colunista do ESPN e ex-aluno de estatística da Northwestern, analisei milhares de jogos. E posso garantir: esta semana não foi sobre táticas apenas. Foi sobre coração, pressão e como um único gol pode mudar tudo.

Vamos mergulhar nos números — porque atrás de cada estatística há uma história.

Os Altos e Baixos: Onde os Pontos Foram?

Das 40 partidas disputadas (sim, quarenta), apenas cinco terminaram sem sofrer gols. Cinco! Isso significa que mais de 87% dos jogos tiveram ao menos um gol — prova de que o futebol ofensivo ainda domina até na segunda divisão do Brasil.

Veja Goiás vs. Remo (jogo #70): empate em 1–1 após ambos os times acertarem cerca de 20 chutes. Mas aqui está o ponto quente — o Goiás teve quatro chances claras dentro da área; o Remo converteu apenas uma. Esse fosso? Um exemplo clássico entre eficiência e volume.

Já Minas Gerais Athletic vs. Nova Iguaçu (jogo #39) explodiu com quatro gols — incluindo cartão vermelho precoce que mudou a dinâmica como um interruptor.

Um Gol Pode Mudar Tudo

O momento mais dramático? Waltretonda vs. Paraná (jogo #4): perdendo por 1–0 com menos de dez minutos no relógio… então bam — empate nos acréscimos graças a uma cobrança de escanteio inesperada.

Esse gol não foi sorte — foi dados. O Waltretonda média 58% de posse nos últimos três jogos, mas estava entre os piores em xG (gols esperados). Seu último impulso? Dobrou seus escanteios em relação à média.

Isso não é magia — é matemática envolta em paixão.

E quem disse que análise não combina com um gramado poeirento?

Defesa Vence Campeonatos… Mas Nem Todos os Jogos

Mas não subestime a defesa também.

Observe Criciúma vs. Avaí (jogo #3): dois empates sem gols entre eles nesta temporada. O Criciúma permitiu apenas dois chutes ao gol durante toda a partida apesar do alto pressionamento.

Eles não venceram — mas sobreviveram. Na corrida pelo acesso, sobrevivência muitas vezes vale mais que brilho.

No papel? O Avaí tinha melhor precisão no passe (86%) do que o Criciúma (79%). Ainda assim perdeu por um gol após desperdiçar três chances claras dentro dos seis metros.

dados mostram que consistência importa mais do que estilo quando os riscos são altos.