O Paradoxo dos 10 Bilhões: Um Time Sem Casa

Começo com o absurdo que tem ecoado nos círculos esportivos: os Los Angeles Lakers estão avaliados em 10 bilhões de dólares. Sim, leu certo — dez bilhões.

E aqui está o ponto-chave: eles não possuem seu próprio estádio.

Não é um erro. O Crypto.com Arena (antigo Staples Center) é compartilhado com os Clippers e gerido por terceiros. Apesar disso, o valor da marca dos Lakers explodiu para níveis que deixam até clubes de futebol envergonhados.

Analisando avaliações há anos, isso não é mera especulação — é dominância baseada em dados.

A Marca Vence a Infraestrutura

Na economia esportiva moderna, imóveis não definem valor. O que importa é alcance, fidelidade e peso cultural.

Os Lakers não são só um time de basquete — são um fenômeno global. De Shaquille O’Neal a Kobe Bryant, passando por LeBron James, sua história está entrelaçada à cultura pop em todos os continentes.

Mesmo sem posse exclusiva do local, eles dominam direitos de transmissão, vendas de merchandising e patrocínios que superam equipes com instalações modernas.

Pense bem: se tivesse que escolher entre estar na cidade mais famosa do mundo sem casa própria ou em uma arena nova com pouca marca? A maioria dos investidores ainda apostaria no L.A.— porque a cidade é a franquia.

A Vantagem Oculta do Espaço Compartilhado

Pode parecer que arenas compartilhadas prejudicam branding… mas aqui? Funciona ao contrário.

Compartilhar o Crypto.com Arena com os Clippers (que também têm grande apelo) gera mais fluxo humano e visibilidade regional. Menos conflito no calendário; mais eventos por temporada; maior exposição fora dos jogos.

Além disso — seja honesto — os Clippers também estão bem. Esse sucesso mútuo eleva ambas as marcas sob o mesmo teto. É como dois carros premium estacionados lado a lado numa concessionária exclusiva: tudo parece melhor quando ambos brilham.

Essa flexibilidade estrutural não é fraqueza — é inovação disfarçada como limitação.

Direitos Prioritários & Propriedade Estratégica

certamente ajudaram nesta venda — e não foi sorte. Mark Walter, CEO da TWG Global, já tinha 26% do time desde 2021 graças a um acordo com Phil Anschutz que lhe garantiu direito de preferência caso a família Buss decidisse vender.

Isso não foi apenas acesso — foi visão institucional envolta em precisão jurídica. Walter não comprou talento ou história; comprou continuidade.

Quando o ESPN afirma que até uma licitação aberta provavelmente alcançaria 10 bilhões apenas pela força da marca? Esse número não vem das cadeiras ou placas publicitárias — vem décadas de narrativas, fãs dedicados, um público internacional ligado todas as noites, toda pessoa em Tóquio ou Joanesburgo sabendo o que significa roxo e dourado hoje.

Uma Lição para Todas as Franquias: Valor Vive Além das Paredes

depois pensar que precisa ter seu próprio prédio para ser valioso é pensamento ultrapassado — pelo menos nos esportes elite hoje. The verdadeiro ativo é confiança: a crença de que jogadores vão vencer, fãs permanecerão fiéis,\nserviços de transmissão pagam caro,\sponsors correm para associar-se — mesmo sem paredes ao redor dele. The Lakers provam isso toda vez que os fãs iluminam as redes sociais após outro título ou até depois de um drible viral por LeBron James contra Atlanta no Natal de 2024 (sim — já estou planejando as estatísticas do próximo ano).

e para finalizar com uma frase favorita da cultura britânica analítica: é não sobre onde você joga… mas quem quer assistir você jogar.