A Onda Global Chega ao Draft

Desde 2018 que observo os drafts da NBA, mas este ano foi diferente. Não só pelo hype ou pelos vídeos no TikTok — embora tenham sido bons — mas porque os números gritam: estamos testemunhando algo sem precedentes.

Vinte e quatro jogadores internacionais escolhidos. Isso representa 40% da classe inteira. Catorze foram selecionados na primeira rodada — três da França, dois de Israel, um cada da China, Rússia, Panamá, Sudão do Sul, Lituânia, Canadá, Espanha e Suíça.

Isso não é apenas diversidade — é uma mudança tectônica.

Por Que Isto Não É Só uma Tendência?

Deixe-me ser claro: não faço opiniões rápidas sem dados. Extraí todos os drafts desde 2000 — sim, jogadores internacionais têm crescido há anos. Mas nunca houve tal concentração de representação global em ambas as rodadas.

Na segunda rodada? Onze escolhas internacionais — quatro australianos, três franceses (sim, estão muito profundos), além de talentos da Ucrânia, Reino Unido, Sérvia e Senegal… você nomeia.

O mapa já não está pontilhado — está cheio. E o que isso significa? Mais do que apelo dos fãs: scouting mais inteligente. Sistemas de desenvolvimento melhores. Uma liga que já não vê ‘estrangeiro’ como um risco.

Streetball Encontra Planilha: Uma Mudança Cultural

Cresci nos gramados de asfalto do South Side de Chicago — onde ‘internacional’ significava alguém com sotaque num jogo informal ou com a mão esquerda mágica. Naquela época? Não importava de onde vinha — importava se aguentava pressão.

Agora olho por essa lente: esses jogadores não são estrangeiros — são familiares. Tragam coragem. Ritmo. Estilos que já vimos em quadras urbanas pelo mundo todo.

E sim — ainda me arrepio vendo um jovem do Sudão do Sul entrar numa academia da NBA depois de jogar sob luz solar em casa. Essa resiliência? É o que o basquete global é feito.