Análise da Série B: Semana 12

O Ritmo do Acesso: O que a Semana 12 Revelou

Na análise de futebol, nada excita mais do que uma liga apertada onde cada ponto conta — a Série B de 2025 é exatamente isso. Com pouco mais da metade da temporada concluída, padrões estão surgindo não só nos resultados, mas no como os times vencem ou perdem.

Esta semana foi repleta de emoção: sete jogos terminaram 1–0 ou mais, enquanto nove tiveram gols dos dois lados — sinalizando confiança instável e riscos táticos. Como alguém que passou anos analisando dados em um clube da EPL, posso afirmar: consistência supera o talento quando o acesso está em jogo.

Os números não mentem — os quatro primeiros estão separados por apenas três pontos após 12 rodadas. Isso não é sorte; é consequência.

Disciplina Defensiva vs Criatividade Ofensiva

Vamos falar de estrutura. Nas últimas semanas, houve aumento de partidas com poucos gols — mas também contra-ataques brutais.

Considere Goiás vs Remo (1–1): duas defesas fortes colidindo. Ambas mantiveram invioláveis até o fim — depois veio o caos. Exatamente o que se espera de um time lutando para escapar do rebaixamento contra outro buscando vaga nos playoffs.

Depois está Amazon FC vs Criciúma (2–0). Um desempenho dominante em pressão e transição — nada surpreendente com sua média de posse de bola de 58%. Mas o que chamou atenção? Apenas uma finalização certa do Criciúma na partida. Isso não é sorte — é eficiência tática.

Já Villa Nova vs Goiânia (3–1) mostrou como a fragilidade sob pressão pode custar caro. Seu setor defensivo desmoronou duas vezes após perder a posse dentro da própria área — um alerta vermelho claro que já vi em centenas de clubes durante minha passagem pela Tableau.

O Surgimento dos Underdogs & Mudanças Táticas

Agora vem o interessante: Criciúma conquistou empates contra seis times do topo desta temporada — incluindo vitórias sobre Avaí e Atlético Mineiro. Suas estatísticas? Alta precisão nos passes (89%), poucos cartões por jogo (6) e poucas bolas paradas concedidas.

Isso não é aleatório — é estratégia repetível baseada em controle e disciplina.

E não podemos ignorar Ferroviária, que venceu por 4–0 o New Orleans FC apesar estar abaixo no expected goals (xG). Como? Forçando erros logo após recuperar a bola — metade das finalizações veio dentro dos cinco minutos seguintes à recuperação. Um exemplo clássico do pressing intenso pagando dividendos estatísticos.

Por outro lado, Avaí, apesar de jogar três partidas nesta semana incluindo dois empates contra adversários fortes como Coritiba e Criciúma, ainda está perto da zona de rebaixamento por causa de má conversão: apenas oito gols em dez jogos, embora criasse chances equivalentes às equipes medianas.

Essa lacuna entre criação e concretização? É o que separa candidatos dos sonhadores.

Olhando Adiante: Jogos-Chave & Previsões Analíticas

Na próxima semana há mais emoção: vários confrontos definirão destinos nos playoffs:

• Criciúma vs Amazon FC: A defesa aguentará novamente?
• Ferroviária vs Goiás: Conseguirá manter o ritmo?
• E crucialmente — como sempre — a briga pela posição abaixo do #6, onde dois pontos podem mudar sonhos promocionais.

Com base em tendências xG e registros históricos compilados via meus próprios modelos dashboard (sim, são reais), prevejo:

• Um empate entre Avaí e Vila Nova,
• Uma vitória estreita do Goiânia contra Brasília,
• E possivelmente outra surpresa se Ferroviária continuar pressionando alto contra adversários mais fracos na próxima rodada.

The numbers don’t whisper—they shout when you listen closely enough.