U19 Mundial 2025

O Grupo da Fase de Eliminatórias do U19 Mundial 2025

O sorteio está feito, os quadros definidos e o relógio marca a contagem regressiva para o espetáculo global do talento jovem. Como alguém que analisa desempenho de jogadores e dinâmicas de equipas há anos em competições juvenis de elite, venho cortar a confusão e oferecer uma análise clara do que esperar de cada grupo.

Este ano, o FIBA U19 Basketball World Cup reúne quatro grupos equilibrados — cada um cheio de estrelas emergentes e futuros jogadores da NBA. Vamos analisá-los um a um.

Grupo A: Gigantes e Underdogs Misturados

Argentina enfrenta Sérvia — o gigante sul-americano defronta a força tradicional europeia. Junte-se a nomes importantes como Nova Zelândia (um contendente constante) e Mali, potência africana em ascensão, e temos um grupo capaz de surpreender.

A Sérvia domina historicamente torneios juvenis com fundamentos fortes e disciplina. Mas a Argentina? Traz estilo, velocidade e fome por sucesso internacional. Atente ao duelo na ala entre Mali e seu jovem armador emergente — este confronto pode decidir o primeiro lugar.

Grupo B: China Enfrenta a Elite Europeia

China entra no Grupo B como subestimada, mas não sem esperança. Diante de Alemanha (ataque rápido), Canadá (rebotes físicos) e Eslovénia (movimentação coesa), o caminho é difícil.

Ainda assim, dados mostram que as seleções chinesas melhoram drasticamente sob pressão — especialmente quando jogam em casa ou diante de grandes públicos. A disciplina defensiva poderá ser crucial contra o jogo interior canadense.

Por outro lado, Alemanha mantém consistência across todas as idades; espere que vença Eslovénia num jogo apertado se ambas estiverem saudáveis.

Grupo C: Suíça Hospedeira Enfrenta Desafio Difícil

Suíça acolhe este ano — uma mudança interessante das edições anteriores — mas não é garantia de passagem fácil. Com Israel pressionando com transições rápidas, Jordânia trazendo tática dura da Ásia e República Dominicana mostrando profundidade surpreendente, o grupo parece aberto.

Suíça pode contar com vantagem caseira no início — mas conseguirá resistir à física israelita? Estatísticas recentes indicam que guardas israelitas roubam mais de 3 bolas por jogo níveis juvenis — um sinal vermelho para os jogadores perimetrais suíços. E não esqueçamos: Jordânia não passa da segunda ronda desde 2017. Este pode ser seu melhor momento — mas sua defesa terá de se ajustar aos ameaçadores passeios suíços.

Grupo D: O Massacre do Talento?

Se houver um ‘Grupo da Morte’, esse é o D: EUA vs Austrália vs França vs Camarões. EUA volta com sua mistura habitual de atletismo e habilidade — pense em futuros escolhidos no draft da NBA já marcando duplos-dobrados aos 18 anos. Mas França? Construiu discretamente um sistema focado na inteligência sobre tamanho — decisões inteligentes sob pressão muitas vezes separam campeões dos contendores. Austrália traz intensidade; Camarões traz fome –e não subestime quanto experiência esses adolescentes africanos ganham com exposição a alto nível continental. Mesmo assim… seja claro: apenas duas equipas aqui podem alcançar semifinais –e isso reduz muito quando vê quantos jogadores elites estão concentrados num único grupo.